"Era uma vez uma vila, onde certo ano não choveu durante meses seguidos. Os habitantes assustados com as consequências que a seca traria para as suas colheitas, caso continuasse, decidiram procurar o auxílio de um sábio de uma aldeia vizinha onde a chuva não tinha cessado.
O sábio viajou até à aldeia e as pessoas logo o observaram, esperando toda a espécie de artifícios e fazeres misteriosos que produzissem algum milagre. Mas ele nada, simplesmente pediu que o deixassem ficar sozinho numa casa afastada da aldeia, o suficiente para poder estar à vontade sem ser perturbado.
Concederam-lhe imediatamente o seu pedido. E durante alguns dias ninguém teve sinais do sábio. Então certo dia começou a chover, e as pessoas saíram para as ruas felizes e contentes. As suas colheitas estavam salvas! Também o sábio apareceu, e perguntaram-lhe o que fizera, ao que ele respondeu: Nada. Muito espantados os aldeões replicaram: como assim? Alguma coisa terá feito para produzir chuva com tanta abundância. Ao que o sábio respondeu: simplesmente descansei e recuperei do cansaço da viagem e então meditei por alguns dias. Foi o Tao que se encarregou de trazer a harmonia da minha para a vossa aldeia.”
