O Sapo e o Escorpião

"Era uma vez um Escorpião que queria atravessar para a outra margem do rio, então pediu ao Sapo que o levasse até lá. O Sapo muito desconfiado, ainda disse:
Se eu te levar até lá corro o risco de ser picado por ti Escorpião.

O Escorpião com muita lábia, disse ao Sapo: Não temas "amigo" Sapo. Se eu te picar nós dois morreremos afogados, por isso podes confiar em mim...
O Sapo pensou... pensou...e viu que até tinha uma certa lógica. Então resolveu ajuda-lo.
Porém, no meio da travessia, o Escorpião picou o Sapo que agonizante e sem acreditar virou-se e disse:

Então Escorpião, tu prometes-te que não me irias picar...! Agora ambos vamos morrer afogados!
O Escorpião, com os olhos incandescentes, ainda teve tempo de dizer:
Desculpa lá ó Sapo...Mas esta é a minha Natureza."

Sabedoria do Lenhador ( versão 2 )

Um fazendeiro tinha apenas um cavalo. Um dia esse cavalo fugiu. Os vizinhos vieram consolá-lo por sua perda terrível. O fazendeiro disse: “O que faz vocês pensarem que é tão terrível?”.

Um mês depois, o cavalo voltou para casa – desta vez trazendo consigo dois belos cavalos selvagens. Os vizinhos tornaram a animar-se com a boa sorte do fazendeiro: “Que sorte ! Que cavalos lindos e fortes!”. O fazendeiro respondeu: “O que faz vocês pensarem que é boa sorte?”.

Alguns dias passaram e o filho do fazendeiro quebrou a perna, caindo de um dos cavalos selvagens. Todos os vizinhos ficaram muito angustiados: “Que má sorte!”. O fazendeiro retorquiu: “O que faz vocês pensarem que é ruim?”.

Semanas depois, a guerra chegou. Todos os homens da aldeia foram recrutados, menos o filho do fazendeiro, porque estava com a perna quebrada. Os vizinhos felicitaram mais uma vez o fazendeiro. “O que faz vocês pensarem que isso é bom?” replicou ele mais uma vez.

O pescador e o empresário

Um empresário americano em férias no México estava no pier de uma pequena aldeia costeira, quando um pequeno barco, com apenas um pescador, parou ao seu lado. Dentro do barco estavam alguns atuns grandes e com aparência muito saudável.

O Americano elogiou o Mexicano sobre a qualidade dos peixes e lhe perguntou quanto tempo havia levado para pescar todos eles. O Mexicano respondeu: “Não muito, Señor, eu fiquei no meu barco apenas algumas horas.” O Americano, um tanto perplexo, disse: “Você, obviamente, é um bom pescador, e estes peixes estão com aparência muito saudável. Então por que não ficar fora por mais tempo e pegar um pouco mais?”

O Mexicano riu: “Por que eu iria querer fazer isso, Señor? Ganho dinheiro suficiente para mim e minha família. Eu não preciso pescar mais peixes.” O americano então perguntou: “Mas o que você faz com o resto do seu tempo?” O pescador respondeu: “Eu sou completamente livre para fazer o que eu quiser. Eu brinco com meus filhos, tiro uma siesta com minha esposa, passeio na aldeia todas as noites onde eu saboreio vinho e toco violão com meus amigos. Eu tenho uma vida plena e gratificante, Señor.”

O Americano zombou, pegando seu cartão de visita: “Ah, você pode pensar assim agora… Eu sou graduado da Harvard em gestão de negócios e vou explicar como posso te ajudar. A maneira que eu vejo: você deve passar mais tempo pescando todos os dias, e com o lucro que você conseguir, pode comprar um barco maior. Depois de algum tempo você poderia vender o barco maior e comprar vários barcos, e, eventualmente, você teria sua própria frota. Precisaríamos contratar mais pescadores, é claro, mas não se preocupe. Eu sei exatamente qual pessoa pode nos ajudar a recrutá-los.”

“Em poucos anos, o Americano continuou, você iria abrir sua própria indústria. Dessa forma, você iria controlar o produto, o processamento e a distribuição. É claro que você precisaria deixar esta vila e mover-se para, digamos, a cidade do México. Precisaríamos aumentar o seu perfil no mercado, você entende. De lá, você provavelmente iria se mudar para Los Angeles e, eventualmente, para Nova York, onde você poderia controlar o seu sucesso e expansão do negócio.”

O pescador mexicano ponderou: “Mas, Señor, quanto tempo vai levar tudo isso?” O Americano avaliou: “Em torno de 15 a 20 anos.” O pescador, mais uma vez, perguntou: “E depois ?” O Americano riu: “Essa é a parte realmente inteligente. Quando chegar o momento certo, você poderia flutuar a empresa no mercado de ações, vender suas ações ao público e tornar-se muito rico. Ganharia milhões!”

“Milhões, Señor”, disse o pescador, coçando o queixo. “E depois, o que então?” O americano continuou: “Bem, eventualmente, você seria capaz de se aposentar como um homem rico, e escolher exatamente a vida que você quiser para você e sua família. Por exemplo, você poderia mudar-se para uma pequena vila de pescadores do litoral. Você seria completamente livre para fazer o que quiser. Você poderia jogar com seus filhos, tirar uma siesta com a sua esposa e passear na vila cada noite, onde poderia saborear o vinho e tocar violão com seus amigos. Você poderia ter uma vida plena e gratificante.”

O pescador pensou por um momento e concluiu: “Obrigado pelo conselho, Señor, mas se não se importa, acho que vou economizar 15 anos, e ficar exatamente onde eu estou!”

A Fábula dos Dois Lobos

(dos índios Cherokee)

Certo dia, um jovem índio cherokee chegou perto de seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, um de seus amigos havia cometido uma injustiça contra o jovem e, tomado pela raiva, o índio resolveu buscar os sábios conselhos daquele ancião.

O velho índio olhou fundo nos olhos de seu neto e disse:

“Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente, e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno, desejando que o inimigo morra.”

O jovem continuou olhando, surpreso, e o avô continuou:

“Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de maneira reta.”

“Mas o outro lobo… Este é cheio de raiva. A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva. Ele briga com todos, o tempo todo, sem nenhum motivo. Sua raiva e ódio são muito grandes, e por isso ele não mede as consequências de seus atos. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar nada. Às vezes, é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.”

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence?”

Ao que o avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento.”

O teste de krishna

Khrisna resolveu testar a sabedoria de seus súditos.

Convocou Duryodhana, um rei conhecido por sua crueldade, e pediu que encontrasse um homem bom em seu reino. Duryodhana viajou durante um ano, e voltou à presença de Khrisna, dizendo:
“Busquei um homem bom, e não encontrei. São todos egoístas e malvados”.

Khrisna chamou o rei Dhammaraja, considerado um homem santo. Pediu que percorresse seu reino em busca de um homem malvado. Dhammaraja viajou durante dois anos, e voltou a Khrisna, dizendo:
“Perdoe-me, mas não encontrei ninguém mau. Todos têm um lado bom, apesar dos defeitos”.

Então Khrisna comentou com os outros deuses: “Viram? O mundo é um espelho, devolve a todos os reflexos do próprio rosto”.

Fábula de Esopo: O Vento e o Sol

O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte.

De repente, viram um viajante que vinha caminhando.

– Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte. Você começa!- propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.

O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.

O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó.

Contada pelo Osho

“Quando Deus criou o mundo, passou a viver nele, no mercado. Mas sua vida estava se tornando um tormento cada vez maior porque as pessoas não paravam de trazer-lhe queixas: a mulher de fulano está doente, o filho de sicrano morreu, beltrano não consegue arrumar emprego - todo os tipos, todas as espécies de queixas.
E as pessoas nem ao menos preocupavam-se se era dia ou noite: vinte e quatro horas por dia, ele ouvia queixas e, naturalmente, já não aguentava mais. Finalmente, consultou seus assessores, que disseram: Em primeiro lugar, foi um erro criar o mundo. Agora, fuja, ou essas pessoas vão matá-lo.

Mas Deus disse. - Fugir para onde?
Alguém sugeriu: Vá para o Everest.
Deus retrucou: Vocês não conhecem o futuro. Conheço o passado, o presente e o futuro. 
Logo um sujeito vai chegar lá. E assim que me vir, o mesmo problema vai aparecer: por toda a parte haverá ônibus,estradas, aeroportos, restaurantes, hotéis... porque as pessoas irão lá para queixar-se de problemas e dificuldades. A mesma coisa vai recomeçar.

Alguém falou: - Então é melhor que você vá para a Lua.
Disse Deus: Vocês não entendem. Não há um único lugar em todo o mundo, onde o homem não consiga chegar algum dia.
Um velho assessor, que costumava falar raramente, segredou ao ouvido de Deus: Sei de um lugar aonde o homem nunca chegará: simplesmente entre dentro dele. Ele vai procurar em toda a parte - mas nunca dentro de si mesmo.

E Deus respondeu: - Isso parece ser sensato.

Desde então, Deus mora dentro de cada um.